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更新日期:2018-01-03
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Nasceu em 1926, no Rio de Janeiro. Maria Wanda Maia da Rocha Paranhos foi educada pelos pais Isolina e Domingos para ser uma mulher independente e “ganhar o mundo”, atitude rara no Brasil dos anos 30. Cursou as faculdades de Pedagogia e a Escola Nacional de Música. Tocava piano com maestria; foi aluna da famosa pianista e professora Magdalena Tagliaferro. No entanto, seu sonho sempre foi casar e ter filhos, contrariando o desejo da mãe.
Em 1947, casou-se com Alberto Azevedo da Rocha Paranhos e concretizou parte do seu sonho. Ao chegar aos cinco filhos, sentiu-se plena. Ainda com os filhos pequenos, Maria Wanda e Alberto mudaram-se para Curitiba. Chegaram à capital paranaense em fevereiro de 1958. Seu grande e inicial desafio foi lidar com um fogão à lenha, algo muito distante da rotina da família carioca. Mesmo estando no verão, os filhos sentiam muito frio e a água do chuveiro precisava ser aquecida com o sistema de serpentina.
Entre tantos afazeres diários, o prazer de ter uma família para cuidar a fez deixar o piano de lado. “Foi parceira de primeira ordem de qualquer um dos cinco filhos”, relata a filha Wanda. Adaptou-se muito bem à cidade nova, tanto que perdeu o sotaque, mas não o jeito carioca de ser comunicativa. Dizia que era carioca de nascimento, mas curitibana de coração. Retornou à cidade natal muitas e muitas vezes, mas nunca pensou em voltar a morar no Rio de Janeiro.
Entre suas qualidades estava a de ser uma verdadeira “banqueteira”. Nas recepções em casa, cuidava de tudo nos mínimos detalhes, desde a decoração até o cardápio. Era ainda a contadora de histórias para os bisnetos; a amiga dos amigos dos filhos e todos que conviviam em sua casa; e a pianista – sempre que possível, voltava ao piano e lembrava-se do tempo em que tocava peças de Chopin, seu compositor preferido.
Fazia questão de lembrar-se de cor datas, nomes e números de telefones. Tinha uma memória privilegiada, lembra a filha, e era consultada sempre que alguém precisava de uma informação. Para sua alegria, consolidou a família e teve a primeira geração de netos curitibanos. Porém, duas perdas a deixaram muito abatida: o marido e a filha Maria Elizabeth. Mesmo assim, manteve-se serena porque tinha formado a tão sonhada família. Logo completaria os 88 anos e a festa seria dividida entre Curitiba e Rio de Janeiro, como de costume. Dizia-se feliz porque era “uma eterna criança ao ter nascido no Dia da Criança”. Deixa quatro filhos, três netos e dois bisnetos.